Théodore de Bèze (1519 - 1605)


Théodore de Bèze (1519 - 1605)

Série, os Reformadores

Nascido em uma família da pequena nobreza de Vézelay, França, Théodore recebeu educação de gentil-homem, fez seus estudos em em Orléans  e depois em Bourges, revelou-se bom latinista e poeta, e passou alguns anos em Paris, onde se dedicou exclusivamente a literatura.
Suas qualidades de interprete, diplomata e polemista e seu talento literário fizeram de Bèze um formidável trunfo para os protestantes franceses e um hábil negociador nos conflitos entre católicos e os diferentes movimentos da Reforma que desejava, ardentemente, unir.
Declarou que para os reformados só existe salvação em Jesus Cristo, que a vida eterna era um presente gratuito de Deus e as Santas Escrituras a única autoridade diante da qual é preciso se inclinar. Seu discurso foi bem recebido até que abordou a concepção da Ceia, disse, de fato, que o Corpo de Cristo como ele nos foi verdadeiramente oferecido e anunciado (na Ceia) estava, no entanto, tão longe do pão como o alto dos céus está longe da terra. Gritaram que era uma blasfêmia.
Após o fracasso do colóquio, Béze foi retido na França pelos príncipes protestantes, em 1558 retorna a Genebra com Calvino e tornou-se o seu mais fiel discípulo até a morte deste ultimo. Bèze continuou a obra de seu mestre em Genebra, assegurando a aplicação das Ordonnances e de certa maneira foi o pai do Calvinismo, desenvolveu e sistematizou a doutrina da predestinação, fundada na misericórdia e na justiça divina como "autoglorificação" de Deus, dedicando dois tratados ao tema.
Deve-se a ele também a tradução dos salmos, uma edição do Novo Testamento e uma vida de Calvino, além da obra Do direito dos magistrados sobre seus súditos, publicada anonimamente, na qual desenvolve a teoria da resistência constitucional.

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